O mundo comemora terça-feira (08/03), o Dia Internacional da Mulher. Não poderíamos deixar passar a data sem render nossas homenagens às jornalistas do Brasil e do mundo. Parabéns! Nós, do "O Jornalista", oferecemos as flores abaixo a todas.

Rendemos nossas homenagens às mulheres jornalistas e internautas que com o perigo de suas vidas e de sua liberdade cumpriram, para nós, com seu trabalho informativo.
Mas, como homenageá-las e esquecer que desde 8 de março do ano passado foi morta uma dezena de mulheres jornalistas, no exercício da profissão? Como esquecer que 38 dos 636 jornalistas mortos no exercício da profissão, desde 1992, eram mulheres? Infelizmente, na maioria dos casos de jornalistas assassinadas ainda impera a impunidade.
Hoje é um dia oportuno para exigirmos a libertação da nossa colega seqüestrada e de jornalistas presas, seja no Iraque, Ruanda, Maldivas, Turquia ou Irã.
Hoje, uma jornalista encontra-se sofrendo em mãos de seqüestradores no Iraque e outras estão presas pelo mundo. Decidimos acompanhar a organização Repórteres Sem Fronteiras e homenagear na figura destas mulheres jornalistas, todas vocês.
Uma mulher refém no Iraque
Florence Aubenas (foto), de 43 anos, repórter do diário francês Libération, foi seqüestrada em 05 de janeiro de 2005, junto com seu assistente iraquiano, Hussein Hanoun Al-Saadi. Florence Aubenas cobriu desde 1987, para o jornal francês, os conflitos de Ruanda, Kosovo, Argélia e Afeganistão.
Jornalistas presas
A jovem jornalista austríaca Sandra Bakutz (foto) foi presa pela polícia turca em 10 de fevereiro de 2005, em Istambul. Ela é acusada de “pertencer a uma organização ilegal” e pode ser condenada entre 10 e 15 anos de prisão. Se encontrava na Turquia para cobrir o processo de uma centena de militantes de extrema esquerda.
Fathimath Nisreen (foto), de 25 anos, está presa desde janeiro de 2002, por colaborar com um boletim informativo difundido por e-mail, que denunciava os atentados aos direitos humanos nas Ilhas Maldivas. Acusada de “difamação” se encontra presa na Ilha de Feeail, onde cumpre uma condenação de cinco anos.
No Irã, a polícia prendeu em 2 de março de 2005, a weblogger Najmeh Oumidparvar , esposa do weblogger Mamad Reza Nasab Abdolahi, também preso. Poderá passar mais de dez anos na prisão.
Em Ruanda, Tatiana Mukakibibi, apresentadora e produtora de programas de lazer na Radio Rwanda, se encontra presa desde outubro de 1996, sob condições penosas em Ntenyo (Gitarama). Ela é acusada de assassinato, mas a organização Repórteres Sem Fronteiras demonstrou que não existe nenhuma prova sólida contra ela.
Redação com RSF