A UNESCO/Brasil lançou, juntamente com a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) uma "rede em defesa da liberdade de imprensa", no dia 14 de fevereiro, na cidade de São Paulo. Mas, a rede dos proprietários de jornais silenciou sobre a agressão sofrida pelo jornalista Lúcio Flávio Pinto, que teve inclusive forte repercussão internacional. Não há registro da agressão no site da rede da ANJ.
Lúcio Flávio foi agredido e ameaçado de morte, em Belém, por Ronaldo Maiorana, diretor corporativo e sócio das Organizações Rômulo Maiorana. O conglomerado de comunicação controla o jornal "O Liberal" que compõe a ANJ e várias emissoras de rádio e o canal local de TV afiliado da Rede Globo. Mas, para a rede recém-lançada rede, o caso simplesmente não existiu.
Liberdade de Empresa
No último dia 18 de fevereiro, o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade, enviou mensagem à Unesco com o seguinte conteúdo: "Felicito a Unesco pela iniciativa de criar uma rede em defesa da liberdade imprensa. Estranho a parceria e lamento a exclusão da representação dos trabalhadores. Estranho também que o site não faça referências à covarde agressão e ameaça de morte, sofridas pelo jornalista Lúcio Flávio Pinto, no mês passado, em Belém (PA). Gostaria, sinceramente, de saber o motivo da falta de informação sobre esse atentado à liberdade de imprensa".