Meutya Hafid e Budiyanto, respectivamente jornalista e câmera da emissora indonésia Metro TV, estão desaparecidos no Iraque. As circunstâncias do desaparecimento ainda são obscuras. O último contato feito pelos jornalistas ocorreu na última terça-feira (15/02). Segundo um porta-voz do governo da Indonésia, o veículo em que se encontravam os jornalistas foi interceptado por um grupo armado na cidade de Ramadi. O carro, o motorista e os dois jornalistas teriam sido levados para um local desconhecido. Até o momento, nenhum grupo reivindicou o seqüestro dos jornalistas.
No país mais perigoso do mundo para os jornalistas, a captura de colegas tem sido uma prática de guerra. Desde que desapareceram, há 44 dias, não há nenhuma informação sobre a jornalista francesa, Florence Aubenas, e seu guia, Hussein Hanoun Al-Saadi. Nenhum grupo reivindicou o seqüestro dos dois. Já a jornalista italiana Giuliana Sgrena, está seqüestrada há 14 dias e seus raptores ameaçam matá-la caso as tropas italianas não deixem o país.
O fato da Indonésia ser a nação muçulmana mais populosa do mundo, e não poupar críticas aos EUA pela invasão e ocupação do Iraque, parece não ter servido de álibi para que os grupos de resistência deixassem os jornalistas indonésios livres.
A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) fez um apelo para que todos os veículos do mundo continuem a cobrir a situação no Iraque com a máxima prudência. “Estamos vigilantes e mobilizados para que todos os jornalistas presentes no Iraque consigam exercer livremente a profissão”, declarou a organização.