Hoje (16/02) é comemorado o Dia do Repórter. Mas, o dia não está para festa. A data está marcada tristemente pela divulgação de um vídeo em que a jornalista italiana Giuliana Sgrena, seqüestrada no Iraque em 04 de fevereiro último, apela por sua vida.
A divulgação do vídeo espalhou angústia, já que sua situação é muito similar à vivida pelo jornalista italiano Enzo Baldoni, que foi brutalmente assassinado no ano passado no Iraque. Ele foi seqüestrado e assassinado depois que a exigência de retirada das tropas italianas do Iraque não foi atendida. Agora, os seqüestradores fazem a mesma exigência para libertar Sgrena.

A organização Repórteres Sem Fronteiras lançou um pedido de mobilização mundial para se obter a libertação de Giuliana Sgrena. “Nós lembramos aos seqüestradores que Giuliana não é uma espiã e não tem que pagar com sua vida por decisões do governo italiano”, divulgou a organização.
No dramático vídeo, a jornalista pede a retirada das tropas italianas e alerta que ninguém deve se dirigir ao Iraque. “Minha vida depende da saída das tropas”, implora a repórter.
Além de não serem espiãs, as duas jornalistas seqüestradas no Iraque (Florence Aubenas e Giuliana Sgrena) nunca defenderam a guerra ou a ocupação daquele país por tropas estrangeiras. Trata-se de uma covardia para a qual não existe justificativa.