Para variar, estamos em guerra e a loucura insiste em não aceitar limites. No último dia 09 de fevereiro, às 09h00 da manhã, desconhecidos mataram mais um jornalista no Iraque. Abdel Hussein Khazaal foi morto em frente à sua casa quando se dirigia para o trabalho. Membro de um partido xiita, ele esteve exilado durante o regime de Saddam Hussein.
A morte de Khazaal soma-se às dezenas de outros jornalistas, mas choca mais ainda pela morte de seu filho de apenas três anos. Os assassinos não pouparam a criança. A ação covarde e deplorável choca até em um cenário sangrento de guerra.
Os assassinos justificaram o ataque a Khazaal, que trabalhava no canal de língua árabe Al-Hurra financiado pelos Estados Unidos, alegando que ele estava a serviço da propaganda norte-americana.
A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) classificou o ato covarde de atrasado e sem sentido e quer melhorar a segurança dos jornalistas que trabalham no país. Este final de semana a Federação está realizando uma reunião com líderes dos jornalistas, no Iraque, para fornecer treinamento de segurança e para desenvolver ações de solidariedade. “Os ataques contra a imprensa no Iraque são inaceitáveis e devem ser condenados por líderes religiosos e políticos de todas as matizes”, defende a FIJ.