O caso já está sendo chamado de Easongate. Tudo começou quando o vice-presidente e diretor de Jornalismo da CNN, Eason Jordan, participou do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, no final do mês passado. Ele teria dito, na ocasião, que os soldados norte-americanos fizeram a imprensa de alvo no Iraque. A suposta declaração acabou encerrando a carreira de Jordan, que anunciou sua aposentadoria e divulgou um desmentido.
A aposentadoria de Eason, que ocupou um dos mais altos cargos executivos de Jornalismo na CNN, está sendo vista como uma tentativa de conter as repercussões da declaração. Para muitos, Jordan insinuou que a política oficial das forças armadas era a de eliminar os jornalistas no Iraque. "Eu nunca disse que as forças americanas agiram com intenção de matar jornalistas”, repetiu o executivo ao pedir desculpas pela polêmica causada em sua conferência. Mas, reconheceu que suas palavras não foram claras.
Jordan trabalhou 23 anos na CNN e justificou sua aposentadoria como sendo uma forma de evitar que a imagem da rede seja manchada pelo que classificou como sendo uma injustiça. Eason Jordan dirigiu a CNN durante o período de maior crescimento da rede noticiosa.
A controvérsia poderia ter sido encerrada pelos organizadores do Fórum de Davos, mas eles se negaram a liberar uma transcrição das palavras de Eason, alegando que as conferências do Fórum são “off-the-record”.