Proposta de reajuste foi apelidada de ‘Casas Bahia’ . O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo ficou indignado com a proposta de reajuste salarial apresentada pelo sindicato patronal de Jornais e Revistas da Capital.
Na última rodada de negociação entre os sindicatos, realizada na última quinta-feira (03/02), os proprietários dos veículos provocaram a indignação generalizada dos 21 jornalistas que participavam da reunião. A proposta foi de um reajuste de 3,25%, a partir de 1º de março, e mais 3,25% a partir de 1o de junho, de forma não cumulativa. A soma, a partir de junho, totalizaria 6,5%. As diferenças entre o salário de novembro de 2004 e o de março de 2005 (reajustes referentes a dezembro, 13º, janeiro e fevereiro), viriam na forma de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), totalizando 13% de um salário, em março. A proposta se completa com outro PLR de R$ 330,00, junto com a folha de setembro (já oferecido em propostas anteriores).
Os percentuais oferecidos pelas empresas, quando anualizados (somam-se os índices e divide-se por 13), representam um acréscimo mensal de 4,8% nos salários. Abaixo, portanto, da proposta anterior, que era a inflação (5,8%, pelo INPC do IBGE) para todas as faixas de salário, de uma única vez!
A proposta foi rejeitada imediatamente por todos os jornalistas presentes. "Abaixo essa proposta Casas Bahia", diziam os colegas. No final da negociação, o coordenador da bancada patronal disse que entraria em contato com os jornalistas no dia 10, para apresentar nova proposta ou manter uma das anteriores. O presidente do Sindicato dos Jornalistas, Fred Ghedini, respondeu afirmando “ter certeza que as empresas poderiam apresentar algo melhor”.
Segundo a entidade dos jornalistas paulistas, não se tem notícia de nenhuma categoria que tenha fechado acordo parcelado desde o segundo semestre do ano passado. O Sindicato dos Jornalistas divulgou em seu site www.sjsp.org.br tabela que aponta que o faturamento das empresas do setor estão com bom faturamento.