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31/01/2005
Meios manipulam a cultura globalizada
 

"Conglomerados de mídia: de senhores da guerra a donos da cultura". Esta foi a palestra do coordenador do Observatório Francês de Mídia e pesquisador da Universidade de Paris, o chileno Armand Mattelart, e do pesquisador colombiano da Fundação Friedrich Edet e editorialista do jornal El Tiempo, Omar Ricon. A conferência que reuniu cerca de 600 pessoas foi promovida pelo Fórum Nacional da Democratização da Comunicação (FNDC) e mediada pelo coordenador, Celso Schröder.

Mattelart fez um histórico crítico de como se deu a evolução da mídia através dos tempos desde propagandeadores das guerras até se tornarem os atuais conglomerados, que tratam a informação como entretenimento e manipulam a cultura mundial. Expôs ainda que uma reação se esboça e destacou como, recentemente, "a comunicação alternativa tem exercido pressão sobre os governos para seu reconhecimento como meios independentes, inclusive para receber financiamentos". Lembrou que está cada vez mais se colocando a possibilidade de construção de políticas públicas para o setor a fim de garantir uma informação crítica e de qualidade, a exemplo do ocorrido com a União Européia, que colocou cláusulas de cultura nos acordos da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Ricón destacou que os meios de comunicação são os principais produtores de simbologias culturais que influenciam nossas vidas. Contudo, não foram considerados pela cultura globalizada e se voltaram para o entretenimento, que tem seu exemplo maior na guerra. Destaca que nossa cultura globalizada foi formada a partir da estadunidense, resultando numa sociedade sem identidade, cheia de vazios. "Não temos significado e adquirimos um novo a cada dia". Para Ricón, vivemos numa sociedade de espetáculo onde o melhor produto é a guerra. Lembrou as mudanças de postura da sociedade estadunidense após a queda das torres gêmeas, principalmente após a cobertura dos canais de notícias dos conglomerados de mídia baseadas no terror, e no marketing que reelegeu George W. Bush. Contudo, tem o saldo positivo da manipulação da mídia voltar a ser discutida.

Por fim, destacou que existe por parte da sociedade uma fiscalização maior da informação como notícia e não como entretenimento, o que seria um erro pois é importante perceber na sociedade que tipo de informação é que se quer receber. Que nem sempre são notícias, pois numa pesquisa na Colômbia, para analisar a preferência popular, foi apontado o concurso de beleza como a melhor opção de programa. Ainda alerta para a ideologia atual agravada pelo ataque de 11 de setembro, que é individualista, se esquecendo do sentido coletivo da sociedade e criando uma sociedade do medo. A segurança se traduz em estilo, o que se veste, o que se tem. Para concluir, conclamou a todos, principalmente quem trabalha a comunicação, para usarem a indignação como princípio cultural no intuito de enfrentar os atuais donos da mídia.

Adriana Santiago - Fórum Social Mundial

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