Pelo terceiro ano consecutivo, as autoridades sauditas não autorizaram que o canal árabe do Quatar realizasse a cobertura da peregrinação à Meca. A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) lembra que desde o começo do ano passado, a TV Al-Jazira vem sendo severamente criticada pela Arábia Saudita e pelos Estados Unidos, além de ter sido censurada na Argélia, Irã, Tunísia, Iraque e Canadá.
Desde 7 de agosto de 2004, está fechado o escritório da Al-Jazira em Bagdá, por decisão do governo interino iraquiano. "As transmissões do canal irritam a determinados dirigentes porque dão voz aos seus opositores, aos telespectadores e abordam temas políticos e sociais considerados tabus", afirmou a RSF.
A Repórteres Sem Fronteiras pediu ao governo interino iraquiano que anule a decisão que proibiu o canal de operar no país e quer explicações das autoridades norte-americanas para a prisão, em Guantánamo, do câmera Sami Al-Haj e pede que ele seja libertado imediatamente.
A TV Al-Jazira conta com cerca de 40 milhões de telespectadores diários pelo mundo.