Florence Aubenas, correspondente do jornal francês "Libération" no Iraque,
está desaparecida desde 05 de janeiro, junto com colaborador local Hussein
Hanoun al Saadi. Há dez dias não há nenhuma informação sobre a jornalista, nem a
confirmação de que tenha sido seqüestrada.

Florence, como é conhecida por seus colegas, é uma profissional que todas as
redações da França gostariam de ter. Com 43 anos ela é uma referência do
"Libération". Ela escreve para todas as editorias do jornal. Seus companheiros
de trabalho a qualificam de "super simpática" e "extrovertida". Florence "sempre
está de bom humor, transmite entusiasmo e vontade de conhecer as coisas", dizem
seus colegas.
Ela foi para o Iraque cobrir as eleições. No mesmo dia em que desapareceu, o
Libération publicou uma ampla reportagem sobre a preparação dos comícios em
Bagdá, na qual Aubenas ouviu todo tipo de pessoas e dava uma ampla visão da
situação. Um desmentido para os que dizem que não vale a pena mandar jornalistas
para o Iraque para que fiquem presos em um quarto de hotel, sem poder sair.
Está sendo organizada a mesma campanha de mobilização internacional
utilizada no seqüestro de outros dois jornalistas franceses, Christian Chesnot e
Georges Malbrunot, que ficaram cerca de quatro meses em poder de seqüestradores
no Iraque. Os dois jornalistas foram homenageados, na semana passada, pelo
Instituto do Mundo Árabe, em Paris. A homenagem se converteu em uma mobilização
pela libertação de Aubenas e de seu colaborador.