Na próxima quinta-feira (16/12), às 18h00, o jornalista Renato Pires irá autografar o livro "Faculdade de Jornalismo - Última Hora", no auditório Vladimir Herzog, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (Rua Rego Freitas, 530, sobreloja, centro - próximo à estação República do metrô). Estão confirmadas as presenças de vários colegas da antiga redação e de outros locais onde Renato trabalhou, como Ignácio de Loyola Brandão, Armando Ferrentini, Jorge da Cunha Lima, Antonio Torres e Benedito Ruy Barbosa.

O livro traz depoimentos de Lygia Fagundes Telles, Mário Prata, Arley Pereira, Roberto Guzzo, Gilberto di Pierro, Ed Motta, Clarice Herzog, Marco Antonio Rocha, Antonio Torres, Lula Vieira, Ignácio de Loyola Brandão, Lula Vieira, Eloy Santos, Marilda Moreira, Sergio de Andrade (Arapuá), José Carlos Stabel, Wilson Loduca e Dorian Jorge Freire.

Acontecimentos reais que são relembrados com saudade pelos jornalistas que fizeram parte da equipe do jornal Última Hora, principalmente quando foi montada a redação em São Paulo.

A edição paulista começou a circular no dia 18 de março de 1952, menos de um ano depois da edição carioca fazer imenso sucesso no Rio de Janeiro, graças à sua proposta gráfica inovadora e editorial voltada para refletir os anseios do povo.

A criação do jornal e seu sucesso provocaram a ira dos magnatas da imprensa da época. Tudo isso é relatado de forma clara e objetiva além de fatos marcantes, como a invasão da redação no golpe de Estado em 1964 e o furo jornalístico com a manchete: "Milan oferece cinco milhões de dólares pelo passe de Pelé", quando o jogador tinha 20 anos. Furo dado por Renato Pires.

Desde pequeno, Pires já demonstrava seu interesse pelo jornalismo. Aos 12 anos lançou o seu primeiro jornal mural, o Meia-Sola, escrito à mão e que ele pendurava na leiteria do Pedro, no bairro Ponte Grande, em São Paulo. Profissionalmente atuou nos jornais Hoje, O Esporte, Folha da Tarde, Última Hora e Diário Popular, além das revistas Carrossel, Meio & Mensagem e Propaganda & Marketing. Também atuou como redator de publicidade na Rino, Norton e Pettinatti. Com seus amigos de profissão Henrique Matteucci e Benedito Ruy Barbosa lançou o Jornal O Ringue.

Hoje, aos 78 anos, com 66 de profissão, Renato Pires se sente realizado por ter escrito o livro Faculdade de Jornalismo - Última Hora. "Ali, nós aprendemos a fazer jornalismo com o maravilhoso Samuel Wainer. Era uma verdadeira faculdade. Os professores, cada um de nossos colegas. São histórias inesquecíveis e que achei por bem dividir com as novas gerações, além de prestar uma homenagem a quem lembra com saudade e orgulho daquela época", afirma o autor.

O livro " Faculdade de Jornalismo Última Hora ", do jornalista Renato Pires, apresenta a história que, segundo o autor, não volta mais. Um jornalismo romântico vivido por uma geração que até hoje festeja os momentos propiciados pelo dia-a-dia na redação do jornal de Samuel Wainer, jornalista admirado pela sua ousadia de enfrentar Carlos Lacerda, Assis Chateaubriand e Roberto Marinho.

O Última Hora foi uma revolução na acomodada imprensa brasileira dos anos 50 / 60. Wainer inovou em todos os sentidos: linguagem, diagramação, cobertura de todos os esportes, dando ênfase aos ídolos populares e muita ousadia na abordagem dos assuntos. Em pouco tempo, o Última Hora se tornou o jornal mais vendido nas bancas e o mais solicitado pela mídia. E isso irritava as tradicionais famílias, que declararam guerra ao brilhante concorrente.

O livro também pode ser solicitado diretamente ao autor, através do e-mail: faculdadeuh@yahoo.com.br ou pelo fax (0xx11) 5573-3801.

O lançamento do livro no Sindicato dos Jornalistas será realizado em parceria com a AJAESP - Associação dos Jornalistas Aposentados do Estado de São Paulo.