Um ano que não vai deixar saudade, pelo menos para os jornalistas. 2004 vai entrar para a história como um dos piores para os jornalistas e trabalhadores dos veículos de comunicação do mundo, devido ao elevado número de profissionais assassinados. A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) divulgou um balanço assustador: 120 profissionais mortos.
A maioria das mortes ocorreu no Iraque. Nas Filipinas, a FIJ registrou 12 assassinatos. Desde 1985, foram mortos 61 jornalistas por lá, mas nenhum dos assassinos foi levado a julgamento. O clima de impunidade impera no país.
Os números da FIJ não batem com o balanço feito pelo Comitê de Proteção dos Jornalistas, que registrou um número menor de mortos: 54 no mundo neste ano. Segundo o levantamento do Comitê, 2004 foi o mais letal para a profissão da última década.
Já a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) aponta outros números, não menos aterradores: 47 jornalistas e 14 colaboradores mortos. Para a RSF, no Iraque, foram 31 assassinatos de profissionais de imprensa em 2004.
Apesar da discrepância entre os números, todas as organizações são unânimes em colocar 2004 como um ano dos mais sangrentos e com elevado número de assassinato de jornalistas. Um ano que esperamos, não se repita jamais.