O organização Repórteres Sem Fronteiras dedicou o XV Dia Internacional de Apoio aos Jornalistas Presos, realizado hoje (24), aos franceses Christian Chesnot e Georges Malbrunot, jornalistas seqüestrados no Iraque há 97 dias. A organização lembrou a situação de 198 jornalistas presos e nove desaparecidos.
Na manhã de hoje, em Paris, foi afixado um enorme banner de vários metros quadrados, embaixo de fotos gigantes dos jornalistas franceses seqüestrados, mostrando a silhueta de um homem lendo um jornal com os 207 nomes dos jornalistas encarcerados e desaparecidos.
Atualmente , em todo mundo são 128 jornalistas e 70 cyber-dissidentes presos. Uma cifra sem precedentes. Os países com o maior número de jornalistas presos são: a China (26 jornalistas e 62 cyber-dissidentes), Cuba (26 jornalistas), Irã (15), Eritréia (14), Nepal (12) e Birmânia (11). Estes seis países juntos respondem por mais de 80% do número de jornalistas presos.
Os outros jornalistas e cyber-dissidentes presos estão assim distribuídos pelo mundo: Argélia (4), Vietnã (3 jornalistas e 4 cyber-dissidentes), Turquia (3), Ilhas Maldivas (3 cyber-dissidentes), Ruanda (2), Uzbequistão (2), Azerbaijão (1), Coréia do Norte (1), Egito (1), Laos (1), Líbia (1), Marrocos (1), Paquistão (1), Serra Leoa (1), Síria (1 cyber-dissidentes), Tunísia (1) e Yemen (1).
Mais de 200 redações no mundo apadrinharam um jornalista privado da liberdade e recordaram a sua situação e o motivo do dia de hoje. Junto a personalidades como o cubano Raúl Rivero e o jornalista da Birmânia, Win Tin, figuram outros jornalistas menos conhecidos que necessitam do apoio de todos.
O mesmo ocorre com as famílias dos nove jornalistas desaparecidos desde 2000. Na França, as famílias de Frédéric Nérac, desaparecido no Iraque em março de 2003, e de Guy-André Kieffer, desaparecido em abril de 2004, na Costa do Marfim, continuam com sua luta em busca dos colegas.
Outros números sobre a liberdade de imprensa:
47 jornalistas e 14 colaboradores dos veículos de comunicação já perderam a vida, desde o início do ano.
46 jornalistas e colaboradores dos veículos de comunicação morreram desde o início do conflito no Iraque, em março de 2003.
Mais de 350 veículos de comunicação foram censurados no mundo, desde janeiro de 2004.