Mohammed Al-Joundi foi encontrado vivo pelas forças norte-americanas durante as operações efetuadas na cidade de Faluja, no Iraque, na última quinta-feira (11). O sírio Al-Joundi trabalhava como motorista e intérprete dos jornalistas franceses Christian Chesnot e Georges Malbrunot. O trio foi seqüestrado em 20 de agosto, ao sul de Bagdá, no Iraque. Um grupo denominado Exército Islâmico do Iraque reivindicou o seqüestro.
Mohammed al-Joundi foi encontrado algemado e em bom estado de saúde. Ele afirmou não ter informações sobre o paradeiro dos jornalistas franceses, de quem foi separado a cerca de um mês. Ele foi abandonado pelos seqüestradores pouco antes do início da ofensiva militar norte-americana em Faluja.
Todos os esforços para libertar os reféns têm sido em vão. Em setembro, apelos pela libertação foram feitos pelo líder da Autoridade Nacional Palestina, Yasser Arafat, e até pelo Papa.
"Não temos informações novas e precisas, mas as nossas equipes em Bagdá continuam com os esforços para a libertação dos reféns", afirmou o porta-voz do Ministério do Exterior francês, Hervé Ladsous.
Em agosto, a televisão Al Jazira anunciou que os dois franceses tinham sido seqüestrados por um grupo islâmico que reclamava a anulação da lei francesa que proíbe os símbolos religiosos ostensivos nas escolas públicas do país, entre eles o véu islâmico. O grupo dava um prazo de 48 horas para a anulação ou executaria os reféns. Os jornalistas franceses apareciam no vídeo afirmando que tinham sido capturados pelo Exército Islâmico, o grupo que assumiu a execução do jornalista italiano Enzo Baldoni.
"A libertação de Mohammed Al-Joundi representa um grande alívio e uma imensa alegria para todo o mundo", declarou a organização Repórteres Sem Fronteiras que afirmou ainda que "continuará pedindo sem descanso a liberdade dos nossos colegas".