O Brasil subiu do 71º lugar, em 2003, para o 66º posto no ranking da liberdade de imprensa elaborado pela Repórteres Sem Fronteira - 2004. O país conquistou cinco posições, mas ficou atrás de três países latino-americanos: Chile (42º), Uruguai (45º) e Paraguai (47º). O Brasil superou a Bolívia (76º), Argentina (79º), Venezuela (90º), Peru (124º) e a Colômbia (134º) que é o país da América Latina pior colocado no ranking.
O Brasil não conseguiu uma melhor posição, devido ao assassinato de dois jornalistas no período analisado. A Argentina perdeu doze posições, apesar de não ter ocorrido nenhum assassinato de jornalistas por lá. A queda no ranking foi provocada pelas ameaças e pressões sofridas pelos jornalistas argentinos e a instrumentalização das verbas publicitárias públicas.
A Colômbia continua ostentando uma péssima posição, a pior da América Latina, apesar de ter subido para 134º, frente ao 147º lugar registrado em 2003. O relatório registra que no país existe um autêntico pluralismo informativo, mas ressalta que por lá os jornalistas pagam com a vida. A melhora no ranking deve-se à ligeira diminuição no número de jornalistas mortos, mas Repórteres Sem Fronteiras ressalta que as condições de trabalho dos jornalistas não mudaram. Na Colômbia continua sendo perigoso ser jornalista, mais do que em qualquer outro lugar da América Latina.