O policial civil Mozart Costa Brasil foi condenado hoje (27/09), a 18 anos de prisão em regime fechado, pela morte do jornalista Manoel Leal. Por seis votos a um, os jurados consideraram que o policial foi um dos executores do crime, que ocorreu em Itabuna (Ba) em 1998.
O policial foi condenado por homicídio qualificado. O julgamento de Mozart é inédito na Bahia, onde 10 jornalistas foram executados durante a década de 90, nos governos de ACM e Paulo Souto.
Mozart foi visto por várias testemunhas nas imediações da casa do jornalista no dia do crime.Uma testemunha, que está sob proteção federal, garantiu que viu Mozart descer da caminhonete usada no crime e disparar o primeiro dos seis tiros que mataram Manoel Leal.
O ex-policial Roberto Figueiredo confirmou ter visto Mozart próximo à casa de Leal no dia do crime, chegando a cumprimentá-lo.
Mozart fazia parte da equipe do delegado Gilson Prata, que em 97 investigou a existência de um suposto esquema de fraude no sistema de arrecadação da prefeitura no primeiro governo do prefeito Geraldo Simões.
O jornal A Região denunciou à época que o prefeito Fernando Gomes pagou, com o dinheiro da prefeitura, diárias para Gilson Prata e seus agentes.Duas semanas após a publicação das denúncias, Manoel Leal, editor e fundador do jornal, foi assassinato na porta de sua casa.
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Extra! Extra!
Thomaz Iracy Guedes, indiciado pelo mesmo crime, foi absolvido por insuficiência de provas a pedido da própria promotoria.