Hoje completamos exatos 29 anos sem Vladimir Herzog. A data será marcada pela solenidade de entrega do XXVI Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos - 2004, um dos mais importantes prêmios da imprensa brasileira, às 19h30, no Parlatino (Rua Auro Soares de Moura Andrade, 564 - Barra Funda - São Paulo).
Deu até no The New York Times. Herzog foi tema de matéria na edição de ontem (24/10), do jornal The New York Times, escrita pelo correspondente Larry Rohter. O texto relata os recentes acontecimentos envolvendo a publicação de supostas fotos de Vlado na prisão. Sob o título "Feridas no Brasil emergem da exumação do assassinato político", a matéria, além de falar dos últimos acontecimentos, registra que "a tentativa do Exército, décadas após o episódio, de justificar o tratamento dispensado a Herzog e a centenas de outros prisioneiros políticos enfureceu a opinião pública brasileira".
Larry Rohter escreveu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva exigiu que o Exército divulgasse uma segunda nota, dizendo que "lamenta" a morte de Herzog e admitindo "a ausência de uma discussão interna mais profunda sobre direitos humanos entre a tropa".
Ao comentar a informação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que afirmou que as fotografias publicadas eram de um padre canadense e não de Herzog, Rohter registrou que "a viúva de Herzog e o grupo de direitos humanos "Tortura Nunca Mais", disseram estar certos de que é Herzog quem aparece nas fotografias".
Passados exatos 29 anos, "O Jornalista" presta aqui uma singela homenagem à memória do homem e profissional de inestimável valor, cidadão que de fato trabalhou, lutou e morreu pela volta da democracia no País. Valeu Vlado! Sua luta não foi em vão.