As novas tecnologias da informação e os novos meios multimídia vão levar a um aumento da procura de jornalistas e profissionais vinculados à área da comunicação social, revela um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O documento alerta, no entanto, que ao mesmo tempo as condições e a qualidade do trabalho poderão piorar.
O relatório, intitulado O Futuro do Trabalho e da Qualidade na Sociedade de Informação: o Setor dos Meios de Comunicação, a Cultura e as Indústrias Gráficas foi publicado em Genebra, durante reunião de representantes de governos, empresários e trabalhadores de cerca de 50 países convocada pela OIT para analisar a situação do setor. Na conclusão, o documento alerta para um tempo em que «vai haver cada vez mais trabalho precário, provisório, sem os mínimos benefícios de segurança social».
Segundo o documento, a entrada das novas tecnologias no setor traz consigo uma tendência para se criarem postos de trabalho. No entanto, ao mesmo tempo, a explosão de novos meios de comunicação e o uso da multimídia leva a uma crescente preocupação com a qualidade das condições de trabalho nos meios de comunicação.
Os dados recolhidos pela organização levam-na a duvidar mesmo que sejam cumpridas as recomendações básicas da OIT relacionadas com os princípios e direitos fundamentais no trabalho e na proteção social. Preocupa o impacto que os avanços tecnológicos poderão ter sobre a saúde e a segurança dos jornalistas, devido aos prazos mais apertados e às pressões para produzir informação atualizada.
Para a OIT, a maior exigência do fator tempo vem implicar novos modelos de trabalho, com horários não regulados, jornadas de trabalho com mais de oito horas e falta de horários fixos para as refeições, além de contratos intermitentes e precários.
Mais informações podem ser obtidas no endereço www.oit.org