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19/10/2004
Vlado: nota do Exército gera crise
 

A nota oficial divulgada pelo Exército Brasileiro no final de semana, em resposta à reportagem publicada pelo jornal Correio Braziliense, com fotos do jornalista Vladimir Herzog, ainda vivo e em situação humilhante, gerou uma crise que envolve o Palácio do Planalto, o Ministério da Defesa e o Comando do Exército.  

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não gostou do tom da nota do Exército, considerada muito dura, elogiosa ao golpe militar de 1964, e que trata o movimento como fruto de "clamor popular em resposta ao movimento subversivo que se recusava ao diálogo".

O ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, anunciou que o ministro da Defesa, José Viegas, e o Comandante do Exército, Francisco Albuquerque, devem dar ainda hoje uma satisfação à sociedade, depois da crise criada pela nota do Exército.

Ao se referir à reunião de hoje de mais de uma hora entre o presidente Lula com Viegas e Albuquerque, Rebelo disse que espera que a essa reunião contribua "para a pacificação, o esclarecimento e o equilíbrio que é necessário em torno de um episódio desta natureza".

Nota do Exército que gerou a crise:

"1. Desde meados da década de 60 até início dos anos 70 ocorreu no Brasil um movimento subversivo, que atuando a mando de conhecidos centros de irradiação do movimento comunista internacional, pretendia derrubar, pela força, o governo brasileiro legalmente constituído.

"À época, o Exército Brasileiro, obedecendo ao clamor popular, integrou, juntamente com as demais Forças Armadas, a Polícia Federal e as polícias militares e civis estaduais, uma força de pacificação, que logrou retomar o Brasil à normalidade. As medidas tomadas pelas forças legais foram uma legítima resposta à violência dos que recusaram o diálogo, optaram pelo radicalismo e pela ilegalidade e tomaram a iniciativa de pegar em armas e desencadear ações criminosas.

"Dentro dessas medidas, sentiu-se a necessidade da criação de uma estrutura, com vistas a apoiar, em operação e inteligência, as atividades necessárias para desestruturar os movimentos radicais e ilegais.

"O movimento de 1964, fruto de clamor popular, criou, sem dúvidas, condições para a construção de um novo Brasil, em ambiente de paz e segurança. Fortaleceu a economia, promoveu fantástica expansão e integração da estrutura produtiva e fomentou mecanismos de proteção e qualificação social. Nesse novo ambiente de amadurecimento político, a estrutura criada tornou-se obsoleta e desnecessária na atual ordem vigente. Dessa forma, e dentro da política de atualização doutrinária da força terrestre, no Exército brasileiro não existe nenhuma estrutura que tenha herdado as funções daqueles órgãos.

"2. Quanto às mortes que teriam ocorrido durante as operações, o Ministério da Defesa tem, insistentemente, enfatizado que não há documentos históricos que as comprovem, tendo em vista que os registros operacionais e da atividade de inteligência da época foram destruídos em virtude de determinação legal. Tal fato é amparado pela vigência, até 8 de janeiro de 1991, do antigo Regulamento para a Salvaguarda de Assuntos Sigilosos (RSAS), que permitia que qualquer documento sigiloso, após acurada análise, fosse destruído por ordem da autoridade que o produzira caso fosse julgado que já tinha cumprido sua finalidade.

"Depoimentos divulgados pela mídia, de terceiros ou documentos porventura guardados em arquivos pessoais não são de responsabilidade das Forças Armadas.

"3. Coerente com seu posicionamento, e cioso de seus deveres constitucionais, o Exército brasileiro, bem como as Forças coirmãs, vêm demonstrando total identidade com o espírito da Lei da Anistia, cujo objetivo foi proporcionar ao nosso país um ambiente pacífico e ordeiro, propício para a consolidação da democracia e ao nosso desenvolvimento, livre de ressentimentos e capaz de inibir a reabertura de feridas que precisam ser, definitivamente, cicatrizadas. Por esse motivo considera os fatos como parte da História do Brasil. Mesmo sem qualquer mudança de posicionamento e de convicções em relação ao que aconteceu naquele período histórico, considera ação pequena reavivar revanchismos ou estimular discussões estéreis sobre conjunturas passadas, que a nada conduzem."

 

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