Google

 
 
  Extra! Extra!
  Pesquisa
  Espaço La Costa
  Entrevista
  Sindicatos
  Conselho
Federal
  Manual de
Direito
  Legislação
  Documentação de Jornalista
  Links
  Contato

 
 
25/09/2004
Acúmulo que mata
 

O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e a FENAJ emitiram uma Nota Oficial, intitulada "Acúmulo que Mata",  sobre o acidente que vitimou o colega Bruno Kauffmann, da EPTV de Ribeirão Preto (SP), emissora afiliada da Rede Globo de Televisão. Abaixo reproduzimos o documento divulgado logo após o enterro do colega.

 

Acúmulo que mata

 

Os jornalistas de São Paulo estão de luto! O luto é pela morte prematura de um colega de 31 anos de idade, quando dirigia a viatura da EPTV de Ribeirão Preto, depois de um dia de trabalho. O Sindicato e a Federação Nacional dos Jornalistas estiveram presentes no enterro do colega. Solidarizam-se com os familiares e amigos neste momento de dor. Mas, o luto é também devido à irresponsabilidade dos empresários brasileiros de mídia que, para economizar o dinheiro das empresas, obrigam o repórter cinematográfico e muitas vezes o próprio repórter a acumular funções, transformando-os em jornalistas-motoristas.

Até onde vai a irresponsabilidade dos proprietários e dirigentes dessas emissoras, que está provocando a morte de seus trabalhadores? Nós, dirigentes sindicais, perguntamos diretamente aos diretores da EPTV: os senhores estão satisfeitos?

Desde quando se teve essa idéia, de obrigar jornalistas de algumas emissoras afiliadas da Rede Globo a acumular funções, as críticas vieram não só do meio sindical. Dentro do Sistema Globo, elas foram explícitas aos que adotaram tal decisão. Dizia-se - e disso tivemos notícia desde sempre - que alguma desgraça haveria de acontecer. O problema, é bom que se diga, não se restringe às afiliadas da Rede Globo. Hoje, exige-se que o jornalista seja motorista em várias emissoras, quando não que participe de verdadeiros ralies. São conhecidos os casos dos chamados "motolinks" em São Paulo (Rede TV!, Record, Bandeirantes e SBT) que se envolveram em acidentes, alguns deles fatais.

Perguntamos novamente: até onde vai a irresponsabilidade dos executivos da televisão brasileira que já provoca mortes? Não seria este um momento mais do que oportuno para repensar essas práticas de precarização da mão-de-obra do jornalista? Que tal voltar a contratar motoristas para dirigir os veículos das empresas, e deixar que os jornalistas cumpram suas funções profissionais sem essa sobrecarga temerária?

Deixamos essas perguntas no ar, por enquanto. Certamente o Sindicato e a FENAJ tomarão outras medidas, aquelas que forem possíveis, seja no sentido de buscar as conversações que levem a uma reversão dessas situações, seja no sentido de, por vias legais, atingir essa finalidade. E dirigem-se aos colegas para que estes se solidarizem com essas iniciativas e as apoiem. Se lá em cima não há responsabilidade com a preservação da vida, não vamos, nós, profissionais, ficar omissos nessa questão.

Diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo e Fred Ghedini, vice-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas.


 

13/08/2017 HOJE, O SITE OJORNALISTA COMPLETA 14 ANOS
26/12/2016 Programa na Rádio USP debate pejotização e estágio em Jornalismo
23/10/2016 Cineclube exibe filme sobre o bloqueio econômico a Cuba
23/07/2016 Chapa 1 vence eleições para a FENAJ
03/07/2016 Gazeta do Povo: STF suspende ações movidas por juízes
03/07/2016 Eleiçoes: Site Ojornalista apoia Chapa 1 - Sou FENAJ
12/06/2016 Paraná: chuva de processos contra jornalistas gera repúdio
06/06/2016 Tribunal dá reajuste de 9,8% para jornalistas de Pernambuco
12/05/2016 De bem intencionados, dizem que o inferno está cheio.
26/03/2016 Jornalistas lançam manifesto em defesa da democracia
www.ojornalista.com.br - Todos os direitos reservados 2003 - por NetMarketing Soluções