O projeto de criação do Conselho Federal de Jornalismo foi debatido hoje, durante audiência pública, convocada pela Comissão de Educação do Senado. Durante cerca de três horas foram abordados os mais diversos pontos envolvendo a proposta. O debate foi transmitido, ao vivo, pela TV Senado.
O presidente da FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas, Sérgio Murillo de Andrade e Aloísio Lopes, presidente do Sindicato de Minas Gerais e 1º secretário da Federação, repetiram várias vezes, durante a audiência, que o Conselho não é uma ameaça à liberdade de imprensa. "Muito pelo contrário, defende a ética e a liberdade", afirmou Murillo. O presidente da entidade disse também, que aceita que sejam feitas modificações na proposta em tramitação na Câmara dos Deputados, para que não paire nenhuma dúvida sobre este propósito e sejam afastados os temores quanto a possibilidade de cerceamento da liberdade de imprensa.
Os representantes da Federação deram sinais claros que estão abertos ao diálogo e que o projeto deve ser aprimorado, seja por meio de emendas dos parlamentares ou até a elaboração de um substitutivo. "Entendo que a inclusão do Código de Ética no projeto se faz necessária", afirmou em certo momento do debate Aloísio Lopes, defendendo uma clara mudança no corpo da proposta.
Outros representantes presentes ao debate se mantiveram inflexíveis e sem alteração nos discursos proferidos anteriormente. Seguiram batendo na tecla de que o Conselho atenta contra à liberdade de imprensa. Entre eles, o presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Maurício Azedo. Participaram da audiência pública além de senadores, e dos representantes da ABI e da FENAJ, representantes da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), da Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).