O ultimato de 24 horas, dado pelos seqüestradores dos dois jornalistas franceses no Iraque, para que a França suspendesse a lei que proíbe o uso de símbolos religiosos nas escolas públicas do país, terminou. A lei entrou em vigor hoje e proíbe a utilização do véu islâmicos, assim como todo e qualquer símbolo religioso. Até o turbante, que não é propriamente símbolo de uma religião, está proibido. Não foram registrados problemas nas escolas, no primeiro dia de vigência da proibição.
A França não cedeu à pressão dos seqüestradores e não foi divulgava nenhuma informação sobre a situação dos jornalistas. Os seqüestrados não fizeram nenhum pronunciamento, até o momento.
O ministro francês do Exterior, Michel Barnier, está na Jordânia em conversações com lideranças do mundo árabe para tentar a libertação dos jornalistas. Proeminentes líderes políticos e religiosos árabes condenam o seqüestro. Eles destacaram que a França não apoiou a guerra no Iraque e nem enviou tropas ao país árabe.
Um grupo de líderes muçulmanos, que residem na França, estão a caminho de Bagdá para tentar interceder junto ao grupo autodenominado "Exército Islâmico no Iraque", para que libertem os jornalistas. Cerca de cinco milhões de muçulmanos vivem na França.
O mundo árabe tem feito um grande esforço para que os reféns sejam libertados e que ação do grupo "Exército Islâmico no Iraque" não azede as relação diplomáticas com a França, vista como uma aliada diplomática de primeira grandeza.