Segundo o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, na última sexta-feira, não foi nada fácil fechar Economia no Jornal do Brasil. Foi preciso fazer um remanejamento de pessoal para se conseguir fechar o caderno, porque os jornalistas que ficaram na Gazeta Mercantil não aceitaram produzir toda a Economia do JB.
A "sinergia" que o armador Nelson Tanure implantou no Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil e InvestNews representou o fim da editoria de Economia do JB, opiniões e dezenas de empregos. A decisão do armador seguiu provocando muita revolta. Hoje, pela manhã, os jornalistas do Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil e InvestNews decidiram durante reunião realizada no Sindicato, que não vão produzir matérias para a editoria de Economia do JB.
À tarde, a "sinergia" provocou a realização de uma manifestação na Avenida Rio Branco, 110, Centro do Rio de Janeiro (RJ), onde funciona a sede do Jornal do Brasil e da Gazeta Mercantil, dando início a uma "Cruzada Nacional pela Democracia na Imprensa".
No documento do Sindicato dos Jornalistas Profissionais que convocou a manifestação, lê-se que "a imprensa brasileira se encontra diante de um dos maiores desafios dos últimos anos: barrar a saga do Srº Nelson Tanure para controlar a mídia". O documento lança ainda um alerta: de que o próximo passo do armador seria o de adquirir os Diários Associados e os veículos Estado de Minas, Correio Braziliense, Diário de Pernambuco e o Jornal do Commercio.