Um ato de barbárie. O italiano Enzo Baldoni é o 39º jornalista a perder a vida no Iraque, desde que o conflito teve início. Ele foi barbaramente executado nas primeiras horas de hoje, por seus seqüestradores -um grupo armado autodenominado "Exército Islâmico no Iraque". O mundo está espantado com a execução.
No início da semana, a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) pediu a imediata libertação do jornalista, argumentando que "como todos jornalistas, Enzo deveria ser tratado como um civil e não poderia ser considerado parte interessada no conflito. É inadmissível equiparar um jornalista com a política do governo do seu país e utilizar sua vida como meio de pressão política", mas o apelo foi em vão. A organização promete que irá fazer todo o possível para que os assassinos sejam identificados e julgados.
Enzo Baldoni era um homem da paz. Ele chegou ao Iraque acompanhando um envio de medicamentos da Cruz Vermelha. Casado e pai de duas crianças, ele realizou várias reportagens em regiões perigosas, como Colômbia, Chiapas, Birmânia e Timor Leste.
RSF alerta que também teme pela vida dos jornalistas franceses, Christian Chesnot y Georges Malbrunot, dos quais não se têm notícias desde 19 de agosto. Apesar, que até o momento, nenhum grupo reivindicou o seqüestro deles.