Os jornalistas cariocas receberam um duro golpe nesta quinta-feira. A diretoria do Jornal do Brasil anunciou a dispensa de 80 jornalistas, durante reunião com o Sindicato dos Jornalistas no Município do Rio de Janeiro. Antes da reunião, tinham sido cortados 11 profissionais na redação do JB. A intenção da empresa é diminuir os custos mensais de R$ 13 milhões para R$ 10 milhões.
Demissão ou quebra de contratos em massa? Em uma manobra realizada tempos atrás, a diretoria do JB transformou os jornalistas com maiores salários em pessoas jurídicas, os conhecidos PJ’s. Atualmente o JB conta com uma equipe de 70% de PJ’s e somente 30% dos jornalistas são contratados pela CLT, com carteira assinada.
Como ninguém pode demitir pessoas jurídicas, a empresa estaria promovendo uma quebra de contratos em massa? A maioria dos jornalistas cortados é pessoa jurídica.
Os planos de saúde dos funcionários restantes também serão cortados. Há uma permuta com a Amil, em que o JB paga apenas 45% do valor das mensalidades. Esse custo (45%) será repassado a cada um dos empregados do JB (tanto PJ como CLT), que tratarão direto com a empresa (significa que não haverá desconto na folha salarial e o plano será opcional).
As informações são Sindicato, que esteve reunido com os funcionários no saguão da redação. A Gazeta Mercantil e InvestNews, também, terão demissões no Rio de Janeiro e nem os estagiários serão poupados. Metade das 80 dispensas deverão ocorrer mesmo no JB.
Quem vai ter muito trabalho é o Departamento Jurídico do Sindicato. Os jornalistas PJ’s, que tiveram o contrato rompido, vão procurar provar na Justiça o vínculo empregatício, na expectativa de receber férias, décimo terceiro, seguro-desemprego e FGTS, entre outras indenizações trabalhistas.