Parabéns! Hoje, 15 de agosto, é o Dia Nacional do Fotógrafo e no próximo dia 19 comemora-se o Dia Mundial da Fotografia. Para comemorar as datas, "O Jornalista" relembra um pouco da história da fotografia e do fotojornalismo no Brasil.
A história da fotografia, no Brasil, começou em 1833, quando Hércules Florence (1804-1879), um francês residente em Campinas, SP, consegue as primeiras imagens fotográficas. Cientista e desenhista, Florence participou da primeira expedição científica à Amazônia. Desde então, empenhou-se em buscar o registro de imagens. Embora não conhecesse o trabalho de Necéphore Nilpce (1765-1833), que fixou em 1822 a primeira fotografia. Florence pesquisou a gravação de imagens pela ação da luz. O processo baseava-se no mesmo princípio do físico inglês Willian Talbot (1800 - 1817): a reprodutabilidade das chapas (negativo e positivo), fundamento da fotografia até hoje.
Em 1840, foram feitas as primeira fotos da Família Real e do Palácio de São Cristóvão. Em 1850, os imigrantes europeus trouxeram novas técnicas fotográficas ao país. Três anos após, começou a funcionar no Rio de Janeiro a primeira oficina de calótipo, processo que permite a obtenção de cópias das chapas. Por volta de 1860, proliferaram-se os estúdios de retratistas. O alemão Albert Henschel abriu escritórios no Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, e tornou-se o primeiro grande empresário da fotografia brasileira. Destacaram-se ainda, nesse período, fotógrafos como Walter Hunnewell, que fez a primeira documentação fotográfica da Amazônia, em 1870; Marc Ferrez (1843 - 1923) que fez fotos panorâmicas de paisagens brasileiras; Militão Azevedo (1837 - 1905), o primeiro a retratar sistematicamente a transformação urbana da cidade de São Paulo.
Em 1901, o cartão-postal é introduzido no país (mania na Europa) por Castro Moura. O fotógrafo Valerio Vieira (1862 - 1941) desenvolveu pesquisas em montagens fotográficas com vários negativos. Em 1922, Vieira conquistou a medalha de ouro, na feira Internacional de Saint Louis (EUA) pela maior impressão fotográfica do mundo, um panorâmica da cidade de São Paulo de 16m X 1,4m.
A difusão da fotografia brasileira, entre as décadas de 30 e 50, deve-se a Konrado Wessel (1891-1941), engenheiro químico formado em Viena. Em 1928, ele estabeleceu em São Paulo a primeira fábrica de papel fotográfico da América Latina, comprada 30 anos mais tarde pela Eastman Kodak, quando a empresa se instalou no Brasil. No final do ano 30, fotógrafos de origem alemã imigraram para o Brasil, trazendo influências do movimento Bauhaus.
Durante os anos de 40 e 50, Geraldo de Barros (1923), impulsionou a fotografia de autor no país, que deixou de se preocupar com o retrato da realidade e buscou novas formas de expressão.
As primeiras fotos da imprensa brasileira (fotojornalismo) apareceram na Revista da Semana em 1900, mas o grande impulso foi dado, na década de 50, pela Revista "O Cruzeiro" e o Jornal Brasil do Rio de Janeiro. A fotoreportagem atingiu seu auge em 60 com a Revista Realidade e com o Jornal da Tarde, de São Paulo. Fotógrafos como Maureen Bisilliat (1931) e David Drew Zingg (1923) conseguiram fotos informativas de grande qualidade estética. Em 1970 e 1975, Cláudia Andujar e George Love (1937-1995) desenvolveram o Workshop de fotografia no Museu de Artes de São Paulo (Masp), que influênciou a produção de dezenas de fotógrafos paulistas nas décadas seguintes.
O brasileiro Sebastião Salgado é reconhecido mundialmente como um dos grandes mestres da fotografia contemporânea e um dos expoentes do fotojornalismo brasileiro. Veja um pouco do trabalho dele em www.terra.com.br/sebastiaosalgado/
Fonte: Planeta Educação