Das dez teses defendidas sexta-feira (06) no XXXI Congresso Nacional dos Jornalistas cinco foram aprovadas e as outras cinco transformadas em textos de proposta à diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas – Fenaj. Os temas abordados na segunda plenária do evento seguiram as linhas de organização sindical, saúde e previdência e mercado de trabalho. Já as teses aprovadas contemplaram a realização do I Encontro Nacional de Saúde do Jornalista, discussão sobre o papel do jornalista na comunicação pública, as quatro bandeiras de luta que exigem a imediata mobilização dos jornalistas e a tabela de preços de referência para o trabalho jornalístico com abrangência nacional.
De todas as teses aprovadas, “Comunicação Pública. Assessoria ou Veículo?” foi a única acolhida com unanimidade na plenária. Para o autor do trabalho, o diretor de base do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, Vitor Ribeiro, a exposição do tema no congresso serve como denúncia da precarização do trabalho dos jornalísticas nos meios públicos e permite uma abordagem mais ampla nas discussões sindicais de cada estado. “As assessorias públicas antes limitadas a produzir releases, agendar entrevistas e coletivas, agora possuem seus próprios veículos de comunicação, como sites dinâmicos, canais de TVs legislativas, rádios municipais/educativas, diários oficiais e outras publicações. Mas, apesar da modernização destas assessorias, o mesmo não tem acontecido com a situação profissional dos jornalistas que acumulam jornadas de trabalho excessivas e salários abaixo do piso da categoria”, enfatiza Ribeiro.
Para minimizar ou ainda tentar prevenir a exploração desses profissionais o autor sugere na tese que os sindicatos abram imediatamente negociações com o setor público para por fim às aberrações existentes, além da Fenaj elaborar e apresentar proposta de legislação federal para normatizar a questão na esfera federal. Essa proposta deve exigir dos estados e municípios, em todos o país, a adequação e essa legislação federal elaborada.
Outra tese que encontrou êxito na plenária foi a de título “Quatro bandeiras de luta que exigem a imediata mobilização dos jornalistas”, defendida pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e vice-presidente Sudeste da Fenaj, Fred Ghedini. Segundo a tese, as quatro bandeiras de luta da categoria nestes próximos dois anos serão: a defesa da regulamentação profissional, a defesa do mercado de trabalho dos jornalistas – contra a precarização das relações trabalhistas, a luta pela aprovação, no Congresso nacional, da Lei que institui o conselho federal e os Conselhos Regionais de Jornalismo e a Democratização da Informação.
As teses “Pela realização do I Encontro Nacional de Saúde do Jornalista” e “Por uma tabela de preços de referência para o trabalho jornalístico, de abrangência nacional” também foram aprovadas no XXXI Congresso Nacional dos Jornalistas, que aconteceu entre os dias 04 e 08 de agosto, em João Pessoa, Paraíba.