As redações de jornais, revistas, sites e emissoras de rádio e televisão do Rio de Janeiro devem criar Comissões de Segurança e Ética para avaliar, caso a caso, a conveniência do uso de procedimentos polêmicos de apuração e que envolvam riscos à segurança do jornalista, como omissão de identidade e utilização de equipamentos ocultos (câmeras, gravadores e semelhantes).
A proposta foi aprovada por dirigentes sindicais do município do Rio de Janeiro, integrantes da Comissão Tim Lopes e representantes da Fenaj, no início do mês, na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro. O Sindicato irá convocar uma assembléia da categoria para aprovar a versão final do conjunto de procedimentos a serem sugeridos às empresas de comunicação.
Na reunião foi aprovada uma série de princípios básicos que irão nortear a formação e o trabalho das Comissões de Segurança e Ética nas redações, como o que determina que todo procedimento que acarrete riscos à segurança do jornalista, como omissão de identidade e uso de equipamentos ocultos, deve ser aprovado pela Comissão de Segurança e Ética de cada redação e que as reportagens só podem ser realizadas com a adoção de medidas efetivas de segurança pessoal.
Caberá à Comissão elaborar os princípios e as regras para garantir a segurança do profissional, além de avaliar caso a caso. São considerados fundamentais o monitoramento permanente do trabalho da equipe em campo, o prévio conhecimento da chefia e o sigilo da identidade da equipe, quando necessário. Além de que em nenhuma hipótese os profissionais podem ser obrigados a realizar reportagens que envolvam riscos à sua segurança.
A Comissão de Segurança e Ética deverá ser formada por representantes dos trabalhadores, eleitos pelo voto direto da redação, e por pessoas indicadas pela direção da redação, com preponderância numérica do primeiro grupo.
Fonte: FENAJ