Um dos suspeitos de participação no assassinato do Antônio La Costa, repórter-fotográfico que "frilava" na revista Época, foi solto. A polícia conseguiu prendê-lo, mas a justiça brasileira determinou a sua soltura. O motivo? Falta de reconhecimento. Nenhuma pessoa, inclusive jornalistas que estavam no local, na hora do assassinato do nosso colega, compareceu para fazer o reconhecimento do menor suspeito. Conseqüência: ele está solto.
Um dos assassinos de La Costa, apesar de ter sido atingido por um disparo de calibre 45 na cabeça, no momento de sua prisão, sobreviveu. Condenado a 32 anos de prisão está preso e em tratamento médico. Atualmente estaria com cerca de apenas 35 quilos.
Familiares de La Costa estiveram ontem com o presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, Fred Ghedini, e falaram do temor que sentem.
A polícia fez um excelente trabalho no caso, isto é inegável; a justiça não pode manter ninguém preso, que nega participação no crime e, para reforçar o álibi ninguém faz o seu reconhecimento. Somente os jornalistas que estavam com La Costa, no momento do crime, podem fazer o reconhecimento do menor e dizer se de fato ele é inocente ou não. Sem isto, o caso ficará como está.
"O Jornalista" faz um apelo aos colegas: caso tenham alguma informação não deixem de fazer a sua parte e comunicar às autoridades policiais. A omissão é inaceitável. Vale lembrar, que a vítima foi La Costa mas poderia ter ocorrido com qualquer um que estivesse trabalhando por lá.