Cuba libertou o jornalista independente Carmelo Días Fernández, por razões de saúde. Preso em Havana, na noite de 19 de março de 2003, Fernández passou 15 meses na prisão.
A organização Repórteres Sem Fronteiras afirmou que o jornalista nunca deveria ter sido preso, pois não fez outra coisa a não ser exercer seu direito de liberdade de expressão. "Consideramos as autoridades de Havana responsáveis pelo seu estado de saúde", afirmou a RSF.
A organização condena o monopólio estatal de comunicação cubano e quer a libertação imediata dos 27 jornalistas cubanos que continuam presos. Cuba é hoje considerada a maior prisão do mundo para a profissão, ao lado da China.
Ao jornalista foi concedida uma licença extra-judicial, equivalente à prisão domiciliar. O jornalista tem graves problemas cardíacos. Atualmente com 67 anos, ele gozava de boa saúde antes de ser preso. Depois começou a apresentar problemas de hipertensão arterial e complicações cardíacas.
Militante cristão, Carmelo Díaz Fernández é diretor da Agência de Imprensa Sindical Independente de Cuba (APSIC), membro da executiva do Conselho Unitário de Trabalhadores Cubanos (CUTC, ilegal) e presidente da União Sindical Cristã de Cuba (fundada en 1995, ilegal), se dedicava ao Centro Nacional de Formação em Sindicalismo e Direito do Trabalho, antes de ser preso.