Hoje, a organização Repórteres Sem Fronteiras apresentou um protesto ao ministro da Defesa israelense, Shaul Mofaz, por uma série de violências cometidas pelo exército israelense contra jornalistas palestinos, ocorridas entre os dias 10 e 15 deste mês, na região de Naplusa (norte de Cisjordania).
"São inaceitáveis os métodos utilizados pelo exército israelense para limitar os veículos de comunicação internacionais, na cobertura dos enfrentamentos que têm com os palestinos, devido a construção do murro de segurança construída por Israel", afirma RSF, que acrescentou: "A semana passada, o exército recorreu a intimidações, ameaças e gás lacrimogênio cujos cartuchos foram disparados diretamente nos jornalistas. Se constata que, em suas operações, o exército israelense obstrui sistematicamente o trabalho dos jornalistas palestinos".
Os jornalistas feridos e ameaçados trabalham todos para agências internacionais de notícias. O exército israelense além de lançar gás lacrimogênio diretamente em jornalistas, tem proferido ameças, coagido e até realizado breve detenções de fotógrafos palestinos que trabalham para as agências internacionais.
Anteriormente RSF já havia soliticado uma investigação "honesta e séria", para esclarecer as circunstâncias que provocaram os ferimentos no fotógrafo Mahmoud Hams, da Agência Frances-Presse. Até hoje a organização não recebeu nem resposta.