Desde a semana passada, a polícia antiterrorista turca mantém em prisão domiciliar 25 pessoas, entre jornalistas e trabalhadores de agência de notícias e publicações pro-kurdos. A organização Repórteres Sem Fronteiras condenou a operação policial. "A luta legítima e necessária contra o terrorismo em nenhum caso pode justificar tais violações da liberdade de imprensa", afirmou a organização em uma mensagem dirigida ao primeiro ministro, Recep Erdogan.
"Nos sentimos escandalizados pelos métodos empregados contra os jornalistas, tratados como verdadeiros criminosos", afirmou ainda a RSF que solicitou a imediata liberação dos jornalistas e os materiais apreendidos com eles (artigos, livros e disquetes).
Por ordem do Tribunal de Segurança do Estado de Estambul, a polícia prendeu 16 jornalistas e vários trabalhadores só na agência de notícias pró-kurda Dicle. Segundo os advogados da Dicle, a polícia considera os jornalistas suspeitos de manter relações com o Partido dos Trabalhadores do Kurdistão (PKK). A ação teria sido realizada como parte de uma operação desencadeada para manter a segurança durante a realização da reunião da cúpula da OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte, que acontecerá em Estambul nos dias 28 e 29 de junho.