Os jornalistas mineiros, representados por seu Sindicato, denunciam e repudiam o cerceamento à liberdade de imprensa que vem ocorrendo nos veículos de comunicação social de Belo Horizonte.
Segundo o Sindicato, no recente episódio do movimento grevistas das polícias Militar e Civil e Bombeiros de Minas Gerais, houve interferência do Palácio da Liberdade junto à direção das empresas para que todo noticiário publicado se limitasse à versão oficial, sem que o outro lado, como reza a prática do bom jornalismo, fosse ouvido.
Ao influir na linha editorial dos veículos de comunicação, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas denuncia que o Governo do Estado estaria infringindo, com a eficiente participação dos donos de veículos normas constitucionais que garantem a liberdade de imprensa e o direito da sociedade de ser bem informada, como prescreve o artigo 5º da Constituição Federal de 1988, nos incisos IX e XIV.
A intervenção do Palácio da Liberdade na linha editorial dos meios de comunicação não é fato novo para os jornalistas mineiros. A edição de fevereiro do jornal PAUTA, órgão de divulgação do Sindicato para seus associados, veiculou reportagem sobre a demissão de jornalistas que, com seu trabalho, desagradaram o Governo do Estado.
No último dia 2 de abril, o jornalista Jorge Kajuru foi demitido pela TV Bandeirantes, durante a apresentação de seu programa, por causa das críticas que este fazia da desorganização e problemas ocorridos com o jogo Brasil e Argentina, disputado no Mineirão.
Por esses motivos, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais pediu a abertura de inquérito junto ao Ministério Público Federal para apurar desrespeito à constituição e a liberdade de imprensa.
Cerca de 250 jornalistas da Capital e do Interior, reunidos em Mariana, durante a realização do 8º Congresso da categoria, aprovaram moção de repúdio a esses fatos.
Fonte: Sindicato de Minas Gerais