O Bloco carnavalesco Me bate que eu sou jornalista, que se organizou pelas redes sociais, reuniu cerca de 150 pessoas na noite de ontem (05/03), na Avenida Angélica, em São Paulo, ao lado da sede do 7o batalhão da Polícia Militar. O objetivo do grupo foi protestar de forma bem-humorada contra a violência da PM que atingiu os jornalistas que cobrem as manifestações populares.
Desde junho de 2013, a violência vem crescendo e uma onda de agressões, por parte da Polícia Militar (PM), contra os profissionais de imprensa se instaurou em São Paulo. O episódio mais recente foi registrado no dia 22/02, durante manifestação contra a realização da Copa do Mundo no Brasil, quando mais 19 jornalistas foram vítimas da violência policial.
Com estes, chegam a 62 os casos de agressões e detenções de repórteres, fotógrafos e cinegrafistas cometidos por policiais militares desde junho de 2013, em São Paulo. Dessas ocorrências, a maioria foi deliberada, ou seja, o jornalista identificou-se como tal e mesmo assim foi agredido ou detido. O caso mais grave provocou a perda de um dos olhos de um fotógrafo atingido por uma bala de borracha.
O Bloco circulou pelo quarteirão e chegou a parar em frente ao batalhão da PM. Pelo menos desta vez não houve repressão ou agressões.