A Polícia Militar do Estado de São Paulo voltou a tratar a imprensa com muita violência. Desta vez foi durante as manifestações contra a Copa realizadas ontem (22/02), no Centro de São Paulo. Em meio a bombas e muita pancadaria, os jornalistas levaram a pior. Policiais sem identificação agrediram os profissionais de imprensa e vários ficaram feridos e ou tiveram seus equipamentos danificados.
Os repórteres Sérgio Roxo (O Globo), Reynaldo Turollo (Folha de S. Paulo) e Paulo Piza (G1) chegaram a ser detidos suspeitos de integrar o grupo Black Bloc, assim como dois fotógrafos freelancers. No tumulto, o fotógrafo Bruno Santos (Terra) teve o equipamento destruído por golpes de cassetete desferidos por policiais. Os golpes acertaram também suas costas. Santos caiu, torceu o pé e precisou ser encaminhado a um hospital, segundo o Terra.
Um dos responsáveis pela violenta operação policial afirmou que pessoas que se consideram agredidas pelos policiais, podem procurar a Corregedoria da PM, porém advertiu que terão que reconhecer o responsável pela agressão. Missão que se mostra impossível com policiais sem identificação.
"O governador Geraldo Alckmin deve uma explicação à sociedade, por qual motivo a sua polícia, sem identificação, agride sistematicamente os jornalistas?", questionou André Freire, secretário geral do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo.