O jornalista Pedro Palma, de 47 anos, foi assassinado a tiros, na noite de ontem, 13, no município de Miguel Pereira, na região Sul do Estado do Rio de Janeiro. Segundo a polícia, o crime ocorreu em frente à casa da vítima, no distrito de Governador Portela. O jornalista morreu na hora. Os atiradores, que estavam numa moto, fugiram.
Palma era proprietário do jornal "Panorama Regional", que vinha fazendo denúncias sobre irregularidades em prefeituras da região.
A causa do crime e a identidade dos criminosos estão sendo investigadas. O delegado responsável pelo caso, Murilo Montanha, afirmou que não há registro de ameaça contra a vítima e disse que nenhuma possibilidade está descartada.
Em nota, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo condenou o crime e cobrou uma apuração rápida. "Ao que tudo indica, a intenção dos criminosos era interromper o trabalho jornalístico de Pedro Palma – um flagrante atentado à liberdade de imprensa e um ataque ao direito à informação de moradores da região. A Abraji espera que executores e mandantes do crime sejam identificados e julgados. A impunidade em casos como esse pode encorajar novos ataques à imprensa e aos jornalistas", declarou a organização.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Sul Fluminense, JC Moreira, também exigiu apuração rigorosa da morte do jornalista. "Queremos que o crime seja solucionado. O jornalista fala a verdade e acaba assassinado brutalmente", afirmou.
A escalada da violência contra jornalistas no Brasil preocupa entidades defensoras da liberdade de imprensa nacionais e internacionais. De acordo com um relatório da Repórteres Sem Fronteiras divulgado no último dia 12, o Brasil ultrapassou o México no posto de país com mais mortes de jornalistas em 2013, com cinco mortes.