Fotos divulgadas nesta sexta-feira (25) pelo jornal O Globo mostram a covardia de um Policial Militar agredindo a repórter do veículo, Tatiana Farah. Ela já estava machucada por dois disparos de balas de borracha desferidos pela Tropa de Choque da PM, no último sábado, em São Roque, no interior do estado e, mesmo assim, sofreu agressão estúpida desferida por um agente da polícia do governo Geraldo Alckmin (PSDB).
A repórter está em licença médica e realizou exames de corpo de delito. Ela ainda sente dores no braço e na cabeça e ainda hoje não se sentia bem.
Desde junho, quando tiveram início as manifestações populares, os casos de jornalistas agredidos e feridos por policiais militares explodiram em São Paulo. O número de agressões já beira a 100. Os repórteres fotográficos formam o maior número de vítimas. Um deles recebeu uma bala de borracha no olho, teve a visão prejudicada e ainda será submetido a mais duas cirurgias. Para tratar do tema, será realizada entrevista coletiva à imprensa na próxima segunda-feira (28/10).
Depois de cobrar insistentemente uma atitude das autoridades responsáveis, entidades de defesa dos jornalistas decidiram denunciar a alarmante situação à sociedade realizando uma coletiva de imprensa que acontecerá antes do ato público marcado para às 17 horas, com concentração na praça Roosevelt, região central de São Paulo, com posterior caminhada à Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (rua Líbero Badaró, 39).
Além de jornalistas feridos e agredidos, participarão da coletiva o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), a Associação dos Repórteres Fotográficos de São Paulo (Arfoc/SP), a Associação dos Jornalistas Veteranos no Estado de São Paulo (Ajaesp), a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT/SP) e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).
Fonte: Com informações do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo e jornal O Globo