Os jornalistas do Rio Grande do Sul consideraram a proposta de reajuste feita pelos sindicatos patronais insuficiente e, de maneira unânime, rejeitaram em assembleia os valores de R$ 1808 para Porto Alegre e R$ 1540 para o Interior que haviam sido sugeridos pelas empresas de comunicação.
“Já havíamos dito inúmeras vezes que as sugestões da patronal não dialogavam com o que a categoria necessita. E este auditório lotado, em uma assembleia com alto nível de debate e participação, mostra que estamos dispostos a provar aos proprietários de veículos – e à sociedade como um todo – que o trabalho do jornalista vale mais”, elogiou o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul (SindJor/RS), Milton Simas.
A categoria definiu também uma contraproposta a ser levada para a mesa de negociação no próximo encontro com a entidade patronal.

“Com muita frequência fazemos matérias que mostram a importância de valorizar os funcionários, os resultados que trouxeram à empresa X,Y ou Z a adoção de medidas como aumento de benefícios, planos de cargos, participação nos lucros. Portanto, ou os donos de jornal não leem os seus próprios veículos ou estão nadando contra a maré”, argumentou um dos colegas.
Os jornalistas presentes se comprometeram a manter uma agenda de mobilização nas redações, enquanto o sindicato buscará medidas para dar maior visibilidade social à situação de penúria em que vivem os profissionais da imprensa. “As pessoas acham que porque a gente aparece na televisão é rico! Vão se surpreender quando descobrirem a realidade”, concluiu uma estudante de comunicação que participou da assembleia.