Jornalistas de Jornais e Revistas da Capital decidiram através de plebiscito realizado nas principais redações rejeitar a proposta patronal apresentada na última rodada de negociação, que prevê reajuste de 6,5% para o piso salarial e para salários até R$ 8 mil e um fixo de R$ 520,00 para quem recebe acima deste valor.
No total, votaram 658 trabalhadores, dos quais 595 optaram em não aceitar a proposta (90,4%) e apenas 63 foram a favor (9,6%). Não houve votos em branco e nulos.
Na Abril, onde o SJSP não teve autorização para entrar com as urnas de votação - e o plebiscito acabou realizado na rua, em frente ao portão da editora,- foi onde os jornalistas, revoltados com a impossibilidade de externar sua opinião em seu local de trabalho, compareceram em maior número: 184 votantes. Expressivas também foram as votações no Estadão (103 votos) e no Valor Econômico (105).

Os jornalistas da Folha de S. Paulo, editora Globo, Globo Condenast, Diário do Comércio, Brasil Econômico e Editora 3, Lance, Folha Universal, Bloomberg e Reuters também tiveram importante participação e puderam expressar sua opinião nas urnas.
Para o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, José Augusto Camargo (Guto) o resultado do plebiscito intensificará a mobilização para a conquista de nova proposta que contemple a reivindicação da categoria que historicamente conquistou aumento real nos salários, no piso e na PLR. “A partir de agora iniciamos uma nova etapa da nossa Campanha Salarial e contamos com amplo apoio da categoria para que nossa pauta seja plenamente atendida”, disse Guto.
O plebiscito da Campanha Salarial de Jornais e Revistas se iniciou no dia 05 e se encerrou no dia 16 de setembro. Os trabalhadores foram consultados se aceitavam ou não a proposta patronal. Mesmo os não sindicalizados tiveram direito a voto, desde que identificados por crachás ou carteira da Fenaj.
Fonte: Sindicato dos Jornalistas Profissionais no EStado de São Paulo