Mesmo com o bom desempenho econômico registrado no ano passado e contemplados pela MP 612/13, de desoneração da folha de pagamento para 2014, os empresários de jornais e revistas de Santa Catarina continuam irredutíveis em sua proposta de aumento zero para os jornalistas. "O silêncio sepulcral e o abandono da mesa de negociações são demonstrações de desrespeito e de absoluto descompromisso com a valorização dos profissionais responsáveis pela atividade-fim de suas empresas", afirmou o Sindicato dos Jornalistas no estado. A entidade já solicitou nova audiência de conciliação na Superintendência Regional do Trabalho/SC para o dia 13 de agosto e promete prosseguir denunciando a intransigência patronal.
A última rodada de negociações entre o SJSC e o Sindejor/SC ocorreu no dia 4 de junho. Em duas outras rodadas previamente estabelecidas, foram dadas desculpas pouco convincentes para a ausência da bancada patronal. A diretoria do SJSC vem buscando a retomada das negociações através de contatos telefônicos, mas os representantes patronais se esquivam ou simplesmente informam que “não há novidade” em relação à posição da diretoria do Sindejor/SC, presidido pela proprietária do Correio Lageano, Isabel Baggio. Na prática, a “contraproposta” das empresas se resume ao sovina reajuste da inflação (7,16%, pelo INPC).

Com o crescimento médio de 7% nos investimentos publicitários registrado em 2012 e balanços financeiros positivos, as empresas de comunicação estão incluídas na MP 612/2013, que beneficia 14 setores da economia e permite que a contribuição patronal do INSS, de 20% sobre os salários dos funcionários, seja trocada por uma alíquota que varia de 1% a 2% sobre o faturamento bruto, a vigorar a partir de janeiro de 2014.
“Como na prática o sindicato dos jornais retirou-se da negociação coletiva, solicitamos nova audiência na SRTE, já agendada para as 14 horas do dia 13 de agosto”, adianta o presidente do SJSC, Valmor Fritsche. “E estamos organizando novos protestos em dois grandes eventos programados para os próximos dias”.
Fonte: Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina