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05/03/2013
Presidente do STF diz para jornalista ir ‘chafurdar no lixo’
 

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, chamou de “palhaço” e mandou “chafurdar no lixo” um jornalista do jornal Estado de São Paulo. O ministro irritou-se ao ser abordado nesta terça-feira, 5, na saída da sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A atitude de Barbosa gerou repúdio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo e, também, do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal.

Foto: Gervásio Baptista/SCO/STF

Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, "os jornalistas esperavam ao final da sessão para ouvi-lo sobre as críticas que recebeu das associações de classe da magistratura, em nota divulgada no final de semana. Antes que a primeira pergunta fosse feita, Barbosa atacou".

Ouça o que o presidente do STF disse ao jornalista

O jornal informou que o repórter apenas iniciou a pergunta: “Presidente, como o senhor está vendo…”. Barbosa o interrompeu e não deixou que terminasse a pergunta: “Não estou vendo nada”. O repórter tentou fazer nova pergunta, mas novamente foi impedido. “Me deixa em paz, rapaz. Vá chafurdar no lixo como você faz sempre”.

Ainda segundo relato do Estadão, o jornalista Felipe Recondo tentou questionar a razão do comportamento do ministro. “Que é isso ministro, o que houve?”. Ainda exaltado, Joaquim Barbosa prosseguiu. “Estou pedindo, me deixe em paz. Já disse várias vezes ao senhor”, afirmou. O repórter disse que apenas lhe fazia uma pergunta, o que é parte de seu trabalho.

No mesmo tom, Barbosa afirmou que não responderia as perguntas. “Eu não tenho nada a lhe dizer, não quero nem saber do que o senhor está tratando”, afirmou.

O assessor de imprensa do ministro tentou tirá-lo do lugar, pedindo para que o ministro seguisse em frente. E quando estava à porta do elevador, na frente dos jornalistas, chamou o repórter de “palhaço”.

Repúdio

"O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, cometeu um despautério totalmente incompatível com o posto que ocupa na mais alta corte do país. Este comportamento é totalmente inaceitável. Nenhuma autoridade tem obrigação de dar entrevistas, embora seja mais do que desejável que toda autoridade conceda à imprensa as explicações necessárias para garantir a transparência no Poder Público. No entanto, a negativa a uma entrevista ou declaração não pode se dar de forma grosseira e desrespeitosa", afirmou o Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) também repudiou as declarações. "O repórter do Estadão recebeu tratamento inaceitável com o cargo exercido pelo presidente do STF, que, antes de qualquer condição, por exercer função pública, deve satisfações à sociedade brasileira, independentemente do seu estado de humor. O magistrado mancha a sua toga, utilizando termos incompatíveis com a sua função na Suprema Corte", declarou a entidade em São Paulo, que manifestou ainda solidariedade ao jornalista atacado.
 
Após o incidente o secretário de Comunicação Social do Tribunal, Wellington Geraldo Silva,divulgou a seguinte nota:

Veja a nota oficial emitida pelo STF:

“Brasília, 05 de março de 2013

Em nome do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ministro Joaquim Barbosa, peço desculpas aos profissionais de imprensa pelo episódio ocorrido hoje, quando após uma longa sessão do Conselho Nacional de Justiça, o presidente, tomado pelo cansaço e por fortes dores, respondeu de forma ríspida à abordagem feita por um repórter. Trata-se de episódio isolado que não condiz com o histórico de relacionamento do Ministro com a imprensa.

O ministro Joaquim reafirma sua crença no importante papel desempenhado pela imprensa em uma democracia. Seu apego à liberdade de opinião está expresso em seu permanente diálogo com profissionais dos mais diversos veículos. Seu respeito pelos profissionais de imprensa traduz-se em iniciativas como o diálogo que iniciará no próximo dia 07 de março, quando receberá em audiência o Sr. Carlos Lauria, representante do Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ), ONG com sede em Nova Iorque.

Wellington Geraldo Silva
Secretário de Comunicação Social – SCO
Supremo Tribunal Federal”

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