Um extenso relatório do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) sobre a situação dos jornalistas no mundo, em 2012, coloca Brasil e Equador entre os dez países com os piores cenários para a liberdade de imprensa e o México como o país com o maior número de jornalistas desaparecidos no mundo.
O caso do Brasil está ligado ao aumento de jornalistas assassinados, que o tornou o quarto país mais letal do mundo para a imprensa, e à inércia do governo brasileiro em solucioná-los. O aumento da censura judicial exercida por funcionários públicos, políticos e empresários também contribuiu para o mau resultado.
O México, com 12 jornalistas desaparecidos, se destaca por ter o número mais alto do mundo (seguido de Rússia, com oito, e Congo, Iraque e Ruanda, com dois cada) e se mantém com um dos países mais perigosos para a imprensa em razão da violência do narcotráfico.
A lista de Países em Risco, realizada pela primeira vez pelo CPJ, levou em conta seis indicadores: mortes, prisões, legislação restritiva, censura estatal, impunidade em ataques contra a imprensa e jornalistas levados ao exílio. O relatório observou que a lista não reflete necessariamente os piores lugares para a imprensa, mas documenta as mais significativas tendências de retrocesso em matéria de liberdade de imprensa durante 2012. Equador e Brasil são acompanhados de nações como Etiópia, Irã, Paquistão, Rússia, Somália, Síria, Turquia e Vietnã.
Para acessar o relatório completo, clique aqui.
Fonte: Knight Center for Journalism in the Americas