A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) cobra em Nota Oficial a punição dos agressores da equipe de reportagem da TV Globo. Veja a íntegra da manifestação abaixo:
Agressores de profissionais da TV Globo
devem ser punidos
Na noite de 21 de junho, três desconhecidos agrediram a equipe de reportagem da TV Globo, durante a gravação de uma passagem para o jornal Bom Dia Brasil na região central de São Paulo. O repórter Lúcio Sturm, o repórter cinematográfico Gilmário Batista e o assistente Marçal Araújo se preparavam para a filmagem quando os desconhecidos começaram a chutar o carro da reportagem, afirmando que a Globo deve ser tratada desta forma.
Marçal Araújo e Lúcio Sturm aproximaram-se do grupo e foram agredidos, enquanto o repórter cinematográfico gravou as cenas lamentáveis. Antes de se afastarem, os agressores ainda atiraram pedras na equipe. Marçal Araújo fraturou o maxilar, foi hospitalizado e terá que se submeter a uma cirurgia na face. Lúcio Sturn teve ossos da mão fraturados.
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) não aceita e condena a agressão física a jornalistas e demais trabalhadores de veículos jornalísticos como forma de demonstração de descontentamento. A violência contra os profissionais da imprensa se caracteriza, antes de tudo, como manifestações de intolerância, um atentado contra o livre exercício das profissões e contra a liberdade de imprensa. Por isso, solidariza-se com os profissionais atingidos e dirige-se à Secretaria de Segurança Pública de São Paulo para exigir que os agressores dos jornalistas Lúcio Sturm e Gilmário Batista e do radialista Marçal Araújo, que também é diretor do Sindicato dos Radialistas de São Paulo, sejam identificados. A FENAJ reivindica a abertura de inquérito policial para que as agressões criminosas sejam apuradas e punidas pela Justiça, como determina a legislação.
Não é agredindo os profissionais da Globo, ou de qualquer outro veículo de comunicação, que se obterá o acesso aos meios ou liberdade de imprensa e de expressão no Brasil. Atitudes como essa só ampliam a taxa de violência já bastante elevada em nossa sociedade e demonstram a intolerância e a incapacidade de conviver com a democracia.
Brasília, 23 de junho de 2005.
Federação Nacional dos Jornalistas