O jornalista franco-libanês Samir Kassir morreu hoje (02), após ser vítima de um atentado. O automóvel do jornalista explodiu em Beirute. "Estamos chocados com o assassinato de Samir Kassir", declarou Robert Ménard, secretário geral da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que se encontra no local do atentado. "Nós perdemos um amigo, e a liberdade de imprensa um ardente defensor", acrescentou Ménard.
A organização de defesa dos jornalisas defende que as autoridades francesas e a a comissão das Nações Unidas que estão investigando o assassinato de Rafic Hariri, prestem particular atenção a este novo ato terrorista. "Devem ser identificados, presos e punidos os autores deste assassinato, dirigido contra um grande jornalista. Nos comprometemos a permanecer movilizados até que se faça justiça", declarou a RSF.
Samir Kassir, de 45 anos, faleceu hoje (02), às 10h45 (horário local), em Beirute. Editorialista há dez anos do diário An-Nahar ("O Dia", em árabe), escritor e historiador, ele tinha dupla cidadania: franco-libanesa.
O jornalista, célebre por sua postura anti-Síria e suas denúncias do "regime policial libanês", há muitos anos era perseguido e ameaçado. Ele participou ativamente dos movimentos de protestos anti-Síria, meses atrás no Líbano.