Google

 
 
  Extra! Extra!
  Pesquisa
  Espaço La Costa
  Entrevista
  Sindicatos
  Conselho
Federal
  Manual de
Direito
  Legislação
  Documentação de Jornalista
  Links
  Contato

 
 
12/03/2005
ABI lamenta novo atentado contra Dona Lyda
 

O presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azêdo, emitiu nota criticando a Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos. O motivo das críticas foi a negativa de indenização à família de Lyda Monteiro da Silva, morta em agosto de 1980, vítima de uma carta-bomba, na sede da ABI.  Veja abaixo a  íntegra da nota:

ABI lamenta novo atentado contra Dona Lyda

A Associação Brasileira de Imprensa considera do seu dever manifestar sua perplexidade e sua indignação diante da decisão da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos de negar o pagamento de indenização à família de Dona Lyda Monteiro da Silva, diretora da Secretaria do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, e considera que essa infortunada patrícia acaba de sofrer novo atentado, tão reprovável quanto aquele que a assassinou brutalmente, em 27 de agosto de 1980.

Lamenta a ABI que o respeitável relator do caso, advogado Belisário dos Santos Júnior, e seus ilustres pares, que conduziram por unanimidade a essa abominável decisão, tenha dado como procedentes as conclusões das investigações realizadas na época pelos paus-mandados da ditadura militar, como se os trabalhos por estes realizados merecessem o crédito das pessoas de bem.

Não pode ficar sem reparo, igualmente, a afirmação do presidente da Comissão de Mortos e Desaparecidos de que não foi possível provar a culpa do Estado na imolação de Dona Lyda, embora o contexto político e histórico aponte para tal culpa. Na visão da ABI, a Comissão prendeu-se a um pormenor tecnicista, que colide com o comportamento do Estado sob a égide de dois Governos, o atual e o precedente, que propuseram e instituíram uma pensão mensal - aliás do valor ridículo de R$ 500,00 - em favor do único filho de dona Lyda, num reconhecimento, tardio e ditado pelo avanço das forças democráticas do País, de que o Estado nacional foi o responsável pelo sacrifício dessa pranteada concidadã.

Entende a ABI que as filigranas tecnicistas da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos não podem sobrepor-se à evidência de que o Estado brasileiro tem a obrigação de indenizar a família de Dona Lyda, porque faleceu no dever de assegurar a todos, na época, o direito à segurança, à integridade física e à vida. Esse é um dever jurídico e moral do Estado brasileiro, o qual deve ser reconhecido e cumprido pelo Governo da União, com a revisão dessa decisão da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos.

A ABI imprime a esta sua manifestação a indignação legítima de que está possuída desde que, tal como ocorreu com Dona Lyda Monteiro da Silva, as mesmas mãos criminosas protegidas e estimuladas por um Estado nacional antidemocrático explodiram uma bomba de alto teor no sétimo andar do Edifício Herbert Moses, sua sede.

A ABI, por fim, solidariza-se com o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as iniciativas que haja por bem adotar para garantir à família de Dona Lyda a justiça de que carece há quase um quarto de século.

Maurício Azêdo

Presidente da ABI

13/08/2017 HOJE, O SITE OJORNALISTA COMPLETA 14 ANOS
26/12/2016 Programa na Rádio USP debate pejotização e estágio em Jornalismo
23/10/2016 Cineclube exibe filme sobre o bloqueio econômico a Cuba
23/07/2016 Chapa 1 vence eleições para a FENAJ
03/07/2016 Gazeta do Povo: STF suspende ações movidas por juízes
03/07/2016 Eleiçoes: Site Ojornalista apoia Chapa 1 - Sou FENAJ
12/06/2016 Paraná: chuva de processos contra jornalistas gera repúdio
06/06/2016 Tribunal dá reajuste de 9,8% para jornalistas de Pernambuco
12/05/2016 De bem intencionados, dizem que o inferno está cheio.
26/03/2016 Jornalistas lançam manifesto em defesa da democracia
www.ojornalista.com.br - Todos os direitos reservados 2003 - por NetMarketing Soluções